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Santo Apóstolo, Paulo

22 Φεβρουαρίου 2015

Santo Apóstolo, Paulo

c05de7_b07cc4e1a8fb435799207f845e4077f0São Paulo, cujo nome hebreu inicialmente era de Saulo, pertencia à tribo de Benjamim e nasceu na cidade de Tarso, na Cilicia, na Ásia Menor. Esta cidade era famosa por sua academia grega e por instrução de seus habitantes. Paulo tinha todos os direitos de um cidadão romano, porque era natural de Tarso e descendia dos judeus que eram libertados da escravidão dos cidadãos romanos. Primeiro, Paulo foi educado em Tarso e provavelmente lá também conheceu a cultura pagã, pois nos seus discursos e suas epístolas temos uma clara evidencia do seu conhecimento dos escritores pagãos.

A instrução seguinte ele recebeu em Jerusalém, que naquela época era famosa por sua academia do mestre Hamaliel, um profundo conhecedor das Leis e Escrituras e que, mesmo pertencente ao partido dos fariseus, era uma pessoa livre de preconceitos e amador da cultura grega. E foi aqui, que o jovem Saulo aprendeu a fazer as barracas, o que lhe ajudou a ganhar dinheiro para a sua própria sustentação.

O jovem Saulo provavelmente se preparava para ser um rabino e por isso, logo após o término de seus estudos, ele se mostrou como um forte defensor das tradições fariséias e perseguidor dos cristãos. Pode ser que ele foi até designado por sinédrio a ser testemunha da morte do primeiro mártir Estevão e depois foi oficialmente incumbido de perseguir os cristãos até fora da Palestina e Damasco.

Nosso Senhor o escolheu como o “Seu instrumento preferido” e no caminho para o Damasco o chamou. Durante a sua viagem para o Damasco, Saulo foi iluminado por uma luz muito brilhante, por causa da qual ele ficou cego e caiu no chão. Uma voz da luz disse: “Saulo, Saulo, porque Me persegues?” Saulo perguntou: “Quem És?” — Jesus respondeu: “Eu sou Jesus, a Quem persegues.” Nosso Senhor mandou Saulo ir até o Damasco, onde ele iria receber as instruções, o que fazer. Os companheiros do Saulo ouviram a voz de Cristo, porém não viram a luz. O cego Saulo foi conduzido até Damasco, onde recebeu os ensinamentos cristãos e no terceiro dia foi batizado por Ananias. Durante o batismo, no momento da imersão na água, Saulo recuperou a visão. Desde aquele momento ele se transformou no fervoroso missionário do cristianismo, que antes ele perseguia. Ele viajou para a Arábia, onde ficou durante um certo tempo, e depois voltou para Damasco, para difundir a fé cristã.

Os judeus ficaram furiosos com a sua conversão para o cristianismo e por isso ele fugiu para Jerusalém, onde se juntou a um grupo de cristãos e conheceu os apóstolos. Após um atentado à sua vida por parte de judeus, ele voltou para a sua cidade natal, Tarso. No ano de 43, Barnabé chamou ele para a Antioquia para ajudar na propagação do cristianismo e depois viajou junto com ele para Jerusalém para onde trouxe ajuda aos necessitados.

Logo, após a volta de Jerusalém — por ordem do Espírito Santo — Saulo junto com Barnabé empreenderam a sua primeira viagem apostólica, que durou de 45 até 51. Os apóstolos viajaram por toda a ilha de Chipre e desde então, quando Saulo converteu o procônsul Sergio Paulo, Saulo começa a ser chamado de Paulo. Durante estas suas viagens missionárias Paulo e Barnabé fundaram núcleos cristãos nas cidades da Ásia Menor: Antioquia Pissidiaca, Iconia, Listra e Derbia. No ano de 51 são Paulo participou do Concílio dos Apóstolos em Jerusalém, onde era contra a necessidade por parte dos gentios manter os rituais da lei Mosaica.

Após o seu retorno à Antioquia, o apóstolo Paulo, na companhia de Silas, empreendeu a sua segunda viagem apostólica. Primeiro, ele visitou todas as igrejas fundadas por ele na Ásia Menor e depois foi até a Macedonia, fundando comunidades em Filipas, Tessalonica e Beria. Em Listra ele adquiriu o seu discípulo preferido, Timóteo, e da Troada, ele continuou a sua viagem junto com o apóstolo Lucas, que se juntou a ele. Da Macedonia, são Paulo passou para a Grécia, onde pregava em Atenas e Corinto. Em Corinto, ele ficou por um ano e meio e de lá mandou duas epístolas aos Tessalonicenses. A sua segunda viagem durou do ano de 51 até 54. Depois são Paulo viajou para Jerusalém, visitando no caminho Efésio e Cesaréia e depois, de Jerusalém, foi para a Antioquia.

Após uma curta permanência em Antioquia, o apóstolo Paulo empreendeu a sua terceira viagem apostólica (anos 56-58), visitando primeiro, como de costume, as igrejas fundadas anteriormente na Ásia Menor. Depois ele ficou em Efésio, onde durante 2 anos pregava diariamente na escola de Tiranna. Foi de lá que ele escreveu a sua segunda epístola aos Galatas (por causa do partido dos judaistas, que lá estava se propagando rapidamente), e sua primeira epístola aos Coríntios (por causa das desordens de lá e também como uma resposta à carta deles). Por causa da revolta do povo, desencadeada pelo ourives Demétrio contra o apóstolo, são Paulo saiu do Efésio e foi para a Macedonia, e depois para Jerusalém.

Em Jerusalém houve uma revolta do povo contra o apóstolo e por causa disso, ele foi encarcerado, primeiro durante a gestão do procônsul Felix, e depois durante a gestão do procônsul Festo. Isto aconteceu no ano de 59, e dois anos mais tarde, de acordo com o desejo do apóstolo, são Paulo, que era um cidadão romano, era mandado para o julgamento do imperador romano. Após um naufrágio perto da ilha de Malta, o apóstolo chegou a Roma somente no ano de 62 e lá ele gozava de muita condescendência por parte das autoridades romanas e pregava livremente. Foi de Roma que ele mandou as suas epistolas para Filipenses (agradecendo ao mesmo tempo pela ajuda material, enviada a ele, a qual foi trazida por Epafroditas), aos Colossenses, aos Efésios e ao Filémon, habitante de Colosso (por causa do servo dele, Onisimo, que havia fugido). Todas estas três epístolas eram escritas no ano de 63 e enviadas com Tikhico. E foi também da Roma que logo foi escrita a epístola aos hebreus na Palestina.

Ninguém sabe ao certo o que aconteceu depois com o apóstolo Paulo. Alguns acham, que ele ficou em Roma e por ordem do imperador Nero foi martirizado no ano de 64. Mas, também é provável, que após o seu encarceramento, que durou dois anos, e após a defesa da sua atividade missionária ante o senado e o imperador, o apóstolo Paulo foi absolvido e viajou de novo para o Oriente. Podemos achar indícios desta hipótese nas suas epístolas Timóteo e ao Tito. Após a sua longa permanência na ilha de Creta, ele deixou lá o seu discípulo Tito para ordenação dos padres em todas as cidades, o que significa, que Tito foi ordenado bispo da igreja de Creta. Mais tarde, em sua epístola, o apóstolo ensina ao Tito quais são os deveres dos bispos. Desta mesma epístola podemos concluir que ele pretendia passar o inverno na cidade de Nicópolis, perto da sua cidade natal de Tarso.

Na primavera do ano de 65 ele visitou outras igrejas da Ásia Menor e em Melita deixou o doente Trofim, por causa do qual houve o tumulto contra o apóstolo Paulo em Jerusalém, que teve como conseqüência a sua primeira prisão. Não se sabe, se o apóstolo passou pelo Êfeso, pois ele havia dito, que os efésios não o veriam mais; porém, ao que parece, ele ordenou Timóteo bispo para a igreja de Êfeso. Depois, o apóstolo passou pela Tróade, chegando até a Macedonia. Lá ele ficou sabendo sobre os primeiros ensinamentos heréticos em Êfeso e escreveu a sua primeira epístola ao Timóteo. Ele ficou durante um certo tempo em Corinto e no caminho se encontrou com o apóstolo Pedro. Junto os dois continuaram a sua viagem através a Dalmácia e Itália, e chegaram até a Roma. Lá eles se separaram, ficando o apóstolo Pedro em Roma. No ano de 66, o apóstolo Paulo viajou sozinho para ocidente, chegando, provavelmente, até a Espanha.

Após a sua volta para a Roma, ele foi novamente jogado na prisão, onde ele ficou até a sua morte. Uma tradição diz, que após a sua volta para a Roma ele pregava até na corte do imperador Nero e converteu a sua concubina predileta. Por isto ele foi novamente julgado, mas conforme as suas próprias palavras, pela misericórdia de Deus foi livrado dos dentes do leão na arena do circo; porém, foi novamente jogado na prisão.

Após nove meses de prisão, no ano de 67, ele, sendo um cidadão romano, foi decapitado perto de Roma. Isto se deu no 12o ano do reinado de Nero.

Analisando a vida do apóstolo Paulo, podemos notar que ela se divide em duas etapas distintas. Até a sua conversão, o apóstolo Paulo, então Saulo, era um rigoroso fariseu, cumprindo a lei mosaica e ele tinha convicção de que seria justificado pelas suas obras de lei e sua fé fervorosa, que beirava o fanatismo. Após a sua conversão ele se transformou no apóstolo de Cristo que se entregou totalmente à divulgação do Evangelho e era completamente feliz com isto. Ao mesmo tempo, ele se dava a conta de que ele por si só era impotente para cumprir esta missão e atribuiu todo o seu trabalho e mérito à Graça de Deus. Ele tinha absoluta certeza de que toda a sua vida antes da sua conversão era um enorme erro, pecado, e o conduzia à condenação. Somente a toda poderosa Graça de Deus o levou para o caminho da salvação. A partir daquele momento, tudo o que apóstolo Paulo quer, é ser digno deste chamamento Divino. Ele sabe perfeitamente, que não existe — e nem poderá existir — nenhum mérito perante Deus: tudo é graça de Deus.

O apóstolo Paulo escreveu 14 epístolas, que resumem os ensinamentos cristãos. Estas epístolas, graças à sua grande erudição e perspicácia, se destacam por sua originalidade.

Ambos os apóstolos, Pedro e Paulo, se empenharam muito na divulgação do cristianismo e é justo, que eles são denominados “os pilares” da Igreja e considerados como apóstolos supremos.

Que Deus salve nossas almas pelas orações dos apóstolos Pedro e Paulo!

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Fonte:  catedralortodoxa.com.br